O concurso público da Câmara de Vereadores de Granito PE teve edital publicado no último dia 17 de outubro. Apesar da grande expectativa, surpreendeu os candidatos o fato de um cursinho preparatório ser responsável pela execução do certame. Trata-se da empresa Bios Vestibulares e Concursos – empresa que atua como curso preparatório para vestibulares e concursos lotada na cidade de Petrolina e que possui diversas turmas preparatório para concursos em funcionamento.
Segundo apuração do Jaula, a Receita Federal reconhece a empresa como Curso Preparatório Para Concursos – conforme abaixo. A consulta foi feita às 19:20 deste dia 21/10/22 – neste link: clique aqui. Vejamos:
A empresa foi contratada pelo valor de R$ 30.080,00. O Jaula Cursos questiona a modalidade de contratação. A banca foi contrata por dispensa de licitação – sendo que não possui experiência no setor. Além disso, a contratação não ocorreu de modo transparente. Em consulta realizada no portal da transparência da casa legislativa não existem dados sobre a contratação. Além disso, a comissão do concurso foi nomeada dia 13 de outubro, conforme diário oficial – no entanto a banca já havia sido contratada neste momento. Segundo apuração do Jaula o contrato com a banca foi assinado no dia 21/09/22. Logo, a comissão do concurso não fez parte do processo de contratação da banca.
Nas redes sociais os candidatos tem ridicularizado o certame: o concurseiro @eduardo_j falou que isso acontece porque se imagina de ninguém irá fazer questão no sentido de denunciar. O candidato @jadiel colocou o EMOJI de palhaço da postagem. O candidato “thyago fez um trocadilho com o nome da banca. A candidata @lily assumiu que a cidade virou motivo de piada. A câmara de Vereadores usou seu direito de resposta para defender a contratação.
O Jaula Cursos aguarda uma posição do MPPE e do Tribunal de Contas. É possível o conflito de interesse. Enquanto curso preparatório a empresa não poderia elaborar provas para avaliar candidatos para o serviço público. Alguns movimentos já protocolaram denúncia junto ao MPPE. Caso exista omissão das autoridades o caso poderá ser levado para Corregedoria.