O Ministério Público do Estado de Pernambuco emitiu uma recomendação à Polícia Militar de Pernambuco, visando à anulação da prova objetiva da seleção interna para o preenchimento de vagas no quadro de oficiais da administração. A recomendação baseia-se em denúncias que relatam possíveis irregularidades, as quais foram devidamente apuradas em um procedimento preparatório conduzido pelo Ministério Público.
Diversas denúncias foram juntadas ao procedimento preparatório, alegando irregularidades nas questões objetivas da prova, como assertivas com recuos diferenciados ou de tonalidade mais escura, provas identificadas e uso de relógio durante a realização do exame.
Após análise, verificou-se que a banca responsável pelo concurso anulou a questão 21 da prova objetiva devido a uma maior quantidade de toner sobre uma das opções de resposta. No entanto, as denúncias apontam irregularidades em outras questões, como as de números 21 a 25, 33, 42 e 43, 50 e 51, que não foram anuladas.
Ao analisar fotos e vídeos encaminhados nas denúncias, foi possível identificar diferenças nos recuos e colorações das assertivas corretas, de acordo com o gabarito oficial, o que poderia induzir os candidatos a responderem incorretamente.
Diante disso, o Ministério Público recomenda à Polícia Militar de Pernambuco que anule a prova objetiva e as etapas subsequentes do concurso em até cinco dias úteis, a partir do recebimento da comunicação oficial. A recomendação também solicita que a Polícia Militar apresente uma manifestação sobre o acatamento ou não da recomendação.
Atualmente, há cinco ações judiciais em curso que buscam a anulação do concurso em questão. O Ministério Público aguardará a manifestação da Polícia Militar para definir os próximos passos do processo. Confira no anexo.