Na manhã desta sexta-feira, 27 de dezembro, o prefeito de João Alfredo, Zé Martins, concedeu uma entrevista à imprensa local e trouxe à tona o tão aguardado concurso público para a cidade. De acordo com o prefeito, a data da prova já está definida e ocorrerá em abril de 2025, porém, a data para a publicação do edital permanece indefinida. Durante a entrevista, Zé Martins afirmou que o edital poderia ser publicado entre janeiro e fevereiro de 2025, mas não deu uma confirmação definitiva, o que gerou insegurança entre a população.
Este concurso tem sido adiado por vários anos. Desde 2020, o prefeito tem anunciado a realização do certame e, em 2024, chegou a contratar a banca responsável pela organização da prova, a ADMTEC. No entanto, a publicação do edital nunca se concretizou. Inicialmente previsto para ser lançado em novembro, o edital foi mais uma vez adiado, com rumores apontando que motivos pessoais, como uma cirurgia realizada pelo prefeito, estariam dificultando a finalização do processo.
Agora, novos boatos apontam que o atraso pode estar relacionado a um compromisso particular do prefeito, levantando novamente questionamentos sobre o impacto de decisões pessoais na administração pública. A falta de clareza sobre os motivos do atraso tem causado frustração entre os moradores da cidade, especialmente aqueles que já estavam se preparando para o concurso, acreditando que o edital seria publicado em breve.
Especialistas alertam que a demora na publicação do edital prejudica a preparação dos candidatos. Muitos concurseiros só começam a se preparar de fato quando o edital é lançado, e um prazo curto entre a publicação das inscrições e a realização da prova, como o prefeito mencionou, pode ser insuficiente para aqueles que precisam de mais tempo para se preparar adequadamente.
Vale destacar que João Alfredo está há mais de 14 anos sem realizar concurso público, e a cidade possui mais de 1.600 contratados temporários, muitos dos quais foram admitidos sem seleção pública. O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) já havia reprovado contratações temporárias ilegais no município e exigido a realização de um concurso público. A falta de transparência e os contínuos adiamentos do certame têm gerado críticas à gestão municipal, que, apesar da reeleição, tem enfrentado investigações de órgãos de controle.