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Prefeitura do Recife terá mais cargos comissionados do que o Governo de Pernambuco

Os vereadores do Recife aprovaram, em sessão extraordinária nesta terça-feira (14), a proposta enviada pelo prefeito João Campos que cria 932 novos cargos comissionados na Prefeitura, com um impacto financeiro de R$ 65,9 milhões. Com essa mudança, a administração municipal passará a ter 3.555 cargos para nomeações livres, número superior ao do próprio Governo de Pernambuco, que, apesar de gerir uma população cinco vezes maior, possui um total inferior de cargos comissionados.

A aprovação gerou intensos debates no plenário da Câmara Municipal. A medida foi criticada por alguns vereadores, que consideraram o aumento da máquina pública como um exagero. O vereador Alef Collins (PP) foi um dos que se manifestaram contra a proposta, junto com Davi Muniz (PSD), Eduardo Moura (Novo), Felipe Alecrim (Novo), Fred Ferreira (PL), Gilson Machado Filho (PL), Paulo Muniz (PL) e Thiago Medina (PL).

Por outro lado, a proposta recebeu o apoio de 29 vereadores, entre eles Aderaldo Pinto (PSB), Agora é Rubem (PSB), Carlos Muniz (PSB), Ana Lúcia (Republicanos), Cida Pedrosa (PCdoB), Eduardo Mota (PSB), Eriberto Rafael (PSB), Fabiano Ferraz (MDB), e Flávia de Nadegi (PSB), entre outros. A maioria dos vereadores que votaram a favor justificou que o aumento dos cargos comissionados seria necessário para atender à demanda crescente da administração municipal e garantir mais eficiência na execução dos serviços públicos. A apuração é do Diário de Pernambuco.

O impacto dessa medida será significativo para as finanças do município, e a criação de novos cargos comissionados gerou um forte debate sobre a necessidade de reestruturação e otimização da máquina pública. A aprovação da proposta vai permitir ao prefeito João Campos nomear uma quantidade considerável de servidores sem concurso público, o que pode ter implicações tanto no âmbito administrativo quanto nas questões relacionadas à transparência e à confiança da população. O movimento vai na contramão de um gestor de se diz da nova geração. O ato se soma a nomeção de Secretários por indicação política, ao invés de privilegiar critérios técnicos.

Com esse aumento no número de cargos comissionados, a Prefeitura do Recife se prepara para um novo ciclo de gestão, enquanto críticos continuam a questionar os custos e a real necessidade de expansão dessa estrutura.

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