No acalorado debate entre os candidatos Ana Farias e Gustavo Cantareli, em um grupo de WhatsApp na tarde desta sexta, 30/08, a etapa de avaliação de títulos do concurso público de Cupira (PE) tornou-se o foco das discussões. As regras do edital, que permitem o envio ilimitado de títulos até o limite de 10 pontos, dividiram opiniões e geraram críticas sobre a equidade e a eficácia do processo.
Ana Farias, criticou duramente a regra, afirmando que “Essa prática favorece candidatos com recursos financeiros para acumular certificações de última hora, criando uma disparidade que prejudica quem não tem as mesmas condições. A avaliação deve ser justa e baseada no mérito, não no poder aquisitivo.”
Em contraponto, Gustavo Cantareli, candidato ao cargo de Professor dos Anos Iniciais, reconheceu a importância dos títulos, mas ressaltou a necessidade de uma regulamentação mais clara. “Os títulos são importantes, mas a regra precisa ser mais equilibrada e acessível a todos os candidatos. Não podemos permitir que a corrida por certificações acabe desvirtuando o processo seletivo.”
A discussão ganhou uma nova dimensão com a opinião de Eraldo Belarmino, especialista do Jaula Cursos, que alertou sobre os riscos de focar exclusivamente na obtenção de títulos. “Vejo muitos candidatos correndo para fazer pós-graduações de última hora, o que pode levantar questionamentos sobre a legalidade e validade desses certificados. Além disso, não adianta acumular títulos se o candidato não passar na prova objetiva e na redação. A prioridade na preparação deve ser garantir uma boa performance nessas etapas, pois elas são o verdadeiro filtro do concurso.”
Eraldo enfatizou a importância de uma preparação equilibrada, destacando que “O foco deve ser, em primeiro lugar, a aprovação nas provas, que são eliminatórias. Os títulos devem complementar essa conquista, não ser vistos como a única forma de garantir uma boa classificação.”
O debate sobre a avaliação de títulos no concurso de Cupira continua a gerar discussões, refletindo as diferentes perspectivas sobre como equilibrar justiça, mérito e preparação adequada. Enquanto a banca organizadora Igeduc mantém as regras atuais, a pressão por uma revisão que promova a equidade e a legalidade no processo seletivo só aumenta.