O concurso da AMMPLA (Autarquia Municipal de Mobilidade de Petrolina), organizado pela banca IDIB, encontra-se suspenso há mais de oito meses devido a irregularidades apontadas pelo Ministério Público de Pernambuco. A paralisia do certame ocorre após a não implementação de decisões judiciais, que determinavam a correção de diversas falhas no processo.
O processo começou quando o Ministério Público ajuizou duas Ações Civis Públicas, denunciando falhas como a falta de clareza na comunicação com os candidatos, prazos exíguos para recursos e a proibição indevida de levar os cadernos de provas após o exame. Essas questões comprometem os direitos de ampla defesa e acesso à informação, prejudicando candidatos que não tiveram as mesmas oportunidades para contestar decisões.
O Judiciário determinou, em decisões anteriores, que a banca corrigisse as falhas nos prazos e na disponibilização de informações. Contudo, a IDIB ainda não cumpriu as ordens, o que levou à suspensão do concurso. O prazo para recurso foi reduzido a apenas dois dias úteis e o site da banca foi apontado como de difícil navegação, dificultando o acesso dos candidatos a informações importantes.
Candidatos se mobilizam, reivindicando mais transparência e celeridade por parte da gestão municipal, que também foi alertada sobre a necessidade de ação imediata. A falta de interesse em resolver essas pendências tem gerado desconfiança, afetando diretamente a moralidade e a legalidade do processo seletivo.
A expectativa é que a decisão final do Judiciário garanta que as fases do concurso sejam revistas e que os candidatos tenham a oportunidade de interpor novos recursos, com amplo acesso às informações. O Ministério Público segue acompanhando o caso para assegurar que todos os direitos sejam respeitados.