A cidade de Arcoverde enfrenta uma significativa carência de agentes de endemias (ACE), com a necessidade de mais profissionais para atender à demanda de saúde pública local. Segundo cálculos realizados com base na quantidade de imóveis do município, seriam necessários cerca de 52 agentes para garantir uma cobertura eficaz no combate a doenças endêmicas. No entanto, atualmente, o município enfrenta um número considerável de cargos vagos na área, o que tem gerado preocupações sobre o impacto na saúde pública.
Fontes informam que a VI Geres (Gerência Regional de Saúde) solicitou, inclusive, a realização de um novo concurso público para suprir a falta desses profissionais. A solicitação tem como base a urgência em reforçar o quadro de ACEs, uma vez que o controle de endemias exige uma equipe bem estruturada e atuante. Atualmente a cidade possui apenas 29 servidores efetivos para o setor.
O assunto voltou à tona após o prefeito Zeca Cavalcanti se reunir com agentes de endemias que prestavam serviços temporários ao município, mas que deixaram seus cargos devido à mudança de gestão. Durante a reunião, o prefeito sugeriu a possibilidade de recontratar esses profissionais de forma temporária, mas a proposta esbarra na legislação vigente, que estabelece que o quadro de agentes de endemias deve ser composto por servidores efetivos, exceto em situações emergenciais e com contratos de no máximo seis meses.
A possibilidade de recontratação temporária contraria as normas legais, o que levou a um impasse sobre a forma de contratação e, possivelmente, à necessidade de uma ação mais definitiva, como a abertura de um concurso público. Enquanto isso, a população segue aguardando uma solução para a carência desses profissionais essenciais no combate às endemias em Arcoverde.