Reivindicações

Falta de coalizão da ALEPE trava direitos de Servidores da PCPE

Por Redação | 30 de abril de 2025

A falta de articulação política entre os deputados estaduais de Pernambuco tem gerado forte insatisfação entre os servidores da Polícia Civil. Nesta quarta-feira (30), o líder sindical Áureo Cisneiros voltou a criticar duramente a postura da Assembleia Legislativa (ALEPE), denunciando que emendas inconstitucionais colocadas por parlamentares estão colocando em risco o Projeto de Lei que garante paridade e integralidade nas aposentadorias dos policiais civis — um direito retirado recentemente por mudanças no entendimento da FUNAPE e da Procuradoria-Geral do Estado.

Paridade, neste contexto, refere-se ao direito de os policiais aposentados receberem o mesmo reajuste dos servidores da ativa, mantendo a equiparação salarial ao longo dos anos. Já a integralidade diz respeito à aposentadoria com o valor total do último salário da ativa, sem redução nos rendimentos.

Segundo Cisneiros, a governadora de Pernambuco já havia acolhido os ajustes sugeridos pela categoria e enviado o PL em regime de urgência à ALEPE. No entanto, interferências políticas e tentativas de “jogo de cena” por parte de alguns deputados, inclusive com a introdução de emendas com impacto financeiro — o que é competência exclusiva do Executivo — têm atrasado a tramitação.

“Estão tentando confundir a pauta da Polícia Civil com demandas de outras categorias e isso pode paralisar completamente nosso projeto”, alertou Áureo. “A população precisa saber que esse PL não traz impacto financeiro adicional. Ele apenas restabelece o que já era direito dos policiais civis.”

Cisneiros convocou nova mobilização dos policiais civis para a próxima terça-feira, 6 de maio, às 14h, na sede da ALEPE. A expectativa é repetir a pressão exercida no movimento anterior, que conseguiu sensibilizar o governo estadual e garantir o envio do projeto. Agora, a luta é para que os deputados não prejudiquem o avanço do PL.

Com efeito, é notável que, enquanto projetos sensíveis aos interesses do funcionalismo ficam emperrados por disputas e falta de coalizão entre os parlamentares, pautas que envolvem órgãos como o TCE e o TJPE recebem tratamento prioritário e avançam com rapidez, mesmo com impactos financeiros e repercussão questionável na vida da população.

“A luta continua firme. Não vamos permitir que politicagens enfraqueçam uma conquista legítima de quem põe a vida em risco todos os dias”, concluiu o líder sindical.

 

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