Em 2022, ainda sob a gestão do ex-governador Paulo Câmara, o Estado da Pernambuco lançou um concurso público que ofereceu 109 vagas para a Secretaria de Educação. A seleção, voltada para o preenchimento de cargos de assistentes administrativos, pedagógicos e professores de diversas áreas, atraiu grande número de candidatos – cerca de 10 mil inscrições foram registradas, com a cobrança de uma taxa de R$ 24,00. Ao todo, a arrecadação com as inscrições superou os R$ 200 mil.
Apesar de o resultado da seleção estar disponível no site da organizadora, a IDIB (Instituto de Desenvolvimento Institucional Brasileiro), uma grande dúvida paira sobre o desfecho desse processo seletivo. Até hoje, mais de 2 anos após a realização, não houve homologação oficial. A ausência de transparência gerou um clima de desconforto entre os participantes, que se veem em um limbo, sem saber ao certo o que aconteceu com o dinheiro arrecadado com as inscrições.
O que chama atenção é o mistério que envolve o destino dos recursos financeiros. A falta de explicações claras e o silêncio em torno do processo se tornaram um assunto recorrente entre os aprovados, que constantemente questionam: onde foi parar o dinheiro arrecadado? por que não devolvem? Qual foi a real utilização dos valores pagos pelos candidatos, especialmente considerando o grande número de inscritos e o montante arrecadado?
A seleção teve como membros da comissão organizadora figuras como Leonardo Henrique Fernandes Bezerra, Camila Sá Martins, João Paulo Valença Corrêa e Fernanda Shelly Rodrigues. O edital SAD/SEE nº 171 de 2022, que rege o concurso, ainda é objeto de discussões e questionamentos, especialmente devido à falta de ações concretas desde a divulgação do resultado.
Enquanto o mistério persiste, a sensação de descaso e falta de clareza continua a incomodar os candidatos, que esperam que respostas mais precisas sobre o destino da seleção e dos recursos sejam finalmente divulgadas.