Durante sua participação na COP 28, a governadora Raquel Lyra atraiu atenção ao anunciar investimentos e propostas ambientais inovadoras para Pernambuco. No entanto, um aspecto crucial ficou negligenciado: a situação crítica da Agência Estadual de Meio Ambiente, a CPRH.
Enquanto discursava sobre o compromisso do estado com o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental, a governadora optou por não abordar o desmantelamento em curso na única Agência Estadual de Meio Ambiente. A ausência de concursos públicos por 15 anos na CPRH ressalta uma discrepância alarmante entre as palavras proferidas e as ações realizadas.
A paralisação do último concurso, destinado a preencher aproximadamente 100 vagas fundamentais para a agência, evidencia uma negligência que contradiz os princípios defendidos pela governadora. Essa lacuna na discussão sobre a situação da CPRH salienta uma preocupante deficiência na gestão ambiental de Pernambuco, onde discursos impactantes se distanciam da realidade prática.
Enquanto se exaltam avanços e promessas em fóruns internacionais, o silêncio diante do desmonte progressivo da principal agência ambiental do estado levanta dúvidas sobre a coerência da política ambiental. A ausência de menção ou ação concreta em relação aos desafios estruturais da CPRH na COP 28 serve como um alerta, apontando para a urgência de maior transparência e engajamento com questões locais enquanto se buscam soluções globais para a preservação do meio ambiente.