A Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco, a CPRH, vive um cenário de desmonte, já que há 15 anos não realiza um concurso público. A tramitação do último concurso foi interrompida, após a contratação da banca IAUPE em junho de 2022, por meio de dispensa de licitação. Desde então, a expectativa do edital, que estava previsto para o segundo semestre de 2022, não se concretizou.
O concurso seria para preencher 78 vagas, sendo 43 para o cargo de Analista em Gestão Ambiental e 35 para o cargo de Assistente em Gestão Ambiental. No entanto, o número seria abaixo da necessidade do órgão, de acordo com um levantamento realizado a pedido do presidente da Agência. As sub-secretarias apresentaram a demanda de pessoal para reposição em diversas áreas, como Tecnologia da Informação, Engenharia Civil, Ambiental e Florestal, Biologia, Geologia, Geografia, Contabilidade, Administração, Economia, Psicologia, entre outras.
Com isso, a CPRH enfrenta dificuldades para manter a qualidade de seus serviços, já que precisa recorrer a contratos precários e até mesmo indicações por critérios de amizade. Essa situação pode levar à paralisação ou redução das atividades da agência, o que prejudica a população e o meio ambiente. A falta de um concurso público há tantos anos contribui para o desmonte da CPRH e é uma preocupação que precisa ser endereçada pelo poder público.
O Jaula Cursos não traça previsão sobre um possível novo concurso da CPRH, visto que áreas aparentemente mais atrativas como a Militar (concursos da PM, PC, Bombeiros e Científica) o governo do Estado aparenta não ter pressa em resolver o gargalo de pessoal.