Neste dia 14/08 foram aplicadas as provas do concurso público da prefeitura de Paranatama PE. O concurso teve 8836 inscritos e a banca ADVISE executou o certame. Apesar da banca ter apresentado questões bem elaboradas, com apenas uma queixa de questão com alternativa repetida, as reclamações se concentraram, sobretudo, na logística de aplicação das provas. Os relatos vieram pelas redes sociais, vejamos:
> Celular ligado durante o certame com emissão de sinais sonoros – Jane Vera
> Detectores de Metais aparentemente desligados – Israelly Soares
> Candidatos retirando celular da bolsa e efetuado ligações antes de sair do prédio – Carla Suellen
> Abertura dos malotes de provas sem que houvesse pedido de conferência – Angelica Tenório
> Ausência da exigência de Máscara, mesmo existindo a obrigatoriedade escrita no edital – Paulo Barros
> Candidatos com notas escritas no cartão de inscrição – Roberto Silva
As queixas sobre a preparação dos fiscais também foram volumosas. A equipe do Jaula esteve cobrindo a realização das provas nos dois horários: manhã na Escola Técnica Ariano Suassuna; a tarde nas imediações do CAIC – Escola Aderbal Jurema.
Conforme testemunhado por nossa equipe, o uso de detectores de metais não foi uniforme entre todas as escolas. No horário da manhã não havia o equipamento de segurança na escola técnica, seja na entrada do prédio, ou – conforme reportado pelos candidatos, dentro das salas. Além disso, a conferência dos documentos não ocorria na entrada do prédio. Curiosos avançaram para o interior da escola mesmo não fazendo parte enquanto candidatos inscritos. Na escola Técnica, por exemplo, o portão foi aberto e o fiscal (porteiro) se quer recepcionava os candidatos para orientá-los sobre as salas que deveriam avançar. Por outro lado, no horário da tarde, na Escola Aderbal Jurema, a equipe do Jaula presenciou uma aplicação exemplar: recepção dos candidatos, detectores de metais e conferência de documentação.
De fato, foi notória a falta de uniformidade no que se refere a preparação dos fiscais. Em alguns casos era perceptível a falta de rigor e uniformidade de critérios para tomada das decisões.
Para o Jaula Cursos, o despreparo dos fiscais está associada a aplicação de provas econômica que tem sido adotada pela bancas em geral. Por questões econômicas, as bancas não tem se preocupado em contratar os melhores quadros – e isso é consenso na comunidade que tem feito cobertura de aplicação de provas. Pelo valor das diárias professores, técnicos administrativos, funcionários de alto escalão se sentem desmotivados. Como resultado, tem banca que permite que até pessoas sem qualquer letramento assumam o posto de fiscal do concurso.
Apesar das queixas, dificilmente o andamento do concurso de Paranatama será comprometido. É raro haver missões do Ministério Público para acompanhar a aplicação de provas. Neste sentido, deste que não se identifique um fato gravíssimo a ponto de comprometer todo certame, as falhas são consideradas pontuais.