Da última vez que um edital de concurso público foi publicado em Araripina o Jaula não tinha nascido. Isso remota há 2009. Na época, 520 vagas foram ofertadas para cargos dos níveis fundamental, médio e superior. A banca foi a APROJEPLAM LTDA. Apesar de na época assumir concurso públicos, a banca tinha registro na Receita como “provedor de internet”. Todavia, o concurso feito naquela ocasião, sob a gestão do prefeito Lula Sampaio, não foi contestado e seu desfecho ocorreu com êxito.
Passados 14 anos, 15 seleções simplificadas foram realizadas no município, a mais recente em 25 de abril de 2022, com oferta de 110 vagas. Em 2021, houve outra. Nesta, a disponibilidade foram de 329 vagas. Somadas as últimas seleções, menos de 500 vagas foram disponíveis para sociedade através de processos seletivos públicos. Os dados são do portal da transparência. O valor ainda está longe dos 1.120 contratos temporários atuais. Não precisa ser um gênio para entender porque o Tribunal de Contas identificou na cidade centenas de contratos ilegais. A determinação do Tribunal, foi para que o prefeito Raimundo Pimentel executasse novo concurso público.
Apesar da determinação, o gestor atual não se manifestou até o momento sobre a possibilidade de realização de novo certame. Com efeito, nas redes sociais candidatos tem comparado as determinações do TCE a notas de repúdio, ou seja: sem efeito prático. Apesar do Tribunal fazer um trabalho de excelência através de suas auditorias, raro são os gestos de cumprimento. Além disso, é notável a dificuldade do Tribunal em monitorar a aceitação e cumprimento de suas determinações no curto prazo.
Apesar da letargia, é importante ressaltar que na cidade já existe uma corrente de vereadores pró-concurso, tendo articulado com o TCE uma intervenção para que novo certame seja feito. Se o Tribunal se empenhar, junto com o Ministério Público, é possível ter um fio de esperança. Sem isso, dificilmente novo Concurso no Município, no curto ou médio prazo, irá ocorrer.