Reivindicações

Concurseiros protestam na ALEPE pelo fim da cláusula de barreira em concursos da segurança pública

 

Na tarde desta terça (08), será realizado um ato na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), reunindo concurseiros, parlamentares e representantes de comissões de aprovados. O objetivo da mobilização é pressionar os deputados a votarem a favor do fim da cláusula de barreira nos concursos da segurança pública, medida considerada injusta por muitos candidatos que se dedicaram intensamente à preparação e foram aprovados, mas estão impedidos de seguir no certame.

A cláusula de barreira é uma regra presente em editais que limita o número de candidatos que podem avançar para as próximas fases do concurso, mesmo que tenham alcançado a nota mínima. Essa regra se dá por meio do chamado “ponto de corte”, que determina um número máximo de classificados com base na quantidade de vagas imediatas e em cadastro de reserva. Na prática, mesmo um candidato aprovado pode ser desclassificado se estiver além desse número limite, o que causa frustração e revolta entre muitos concurseiros.

O ato é impulsionado principalmente pelos candidatos dos concursos da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) e da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), cujos editais foram publicados recentemente e que incluem cláusulas de barreira consideradas restritivas. O movimento tem como uma das principais vozes a deputada estadual Delegada Gleide Ângelo, que já foi concurseira e afirma compreender de perto as dificuldades enfrentadas por quem busca uma vaga na segurança pública. Segundo a parlamentar, “não se faz segurança pública sem policiais” e a exclusão em massa de candidatos aptos é contraditória frente ao cenário de déficit histórico nas forças de segurança do estado.

O atual movimento também se justifica diante da longa espera enfrentada pelos concurseiros e pelo cenário de grave deficiência no efetivo das corporações.

O concurso da PMPE, organizado pelo Instituto AOCP, foi publicado em 18 de dezembro de 2023, com 2.700 vagas para Soldado e Oficial. Poucos dias depois, em 21 de dezembro de 2023, foi divulgado o edital da PCPE, com 445 vagas.

Ambos os certames foram anunciados ainda em 8 de setembro de 2022, pelo então governador Paulo Câmara, após anos de críticas pela inércia do governo em renovar os quadros da segurança pública. À época, estimava-se um déficit de quase 12 mil policiais no estado. Somente no fim do mandato, com forte pressão da sociedade e das entidades de classe, o governo começou a organizar os concursos, mas coube à atual gestão a responsabilidade de levá-los adiante.

No entanto, o que deveria ser uma oportunidade histórica para recompor os quadros e reforçar a segurança pública virou motivo de indignação entre os aprovados. A aplicação da cláusula de barreira limita drasticamente o número de convocados, mesmo em um cenário em que há efetiva necessidade de pessoal.

A mobilização de hoje na ALEPE visa pressionar o Poder Legislativo a aprovar um projeto de lei (PL) que revogue a cláusula de barreira, abrindo caminho para que mais candidatos aprovados nas etapas iniciais possam seguir no processo e, eventualmente, serem nomeados.

 

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