MPPE

MP Inicia Investigação sobre possível caso de nepotismo e servidores fantasmas em Arcoverde

FONTE:

Procedimento nº 02286.000.051/2021 — Procedimento Preparatório
PORTARIA DE INSTAURAÇÃO
Inquérito Civil 02286.000.051/2021

O Ministério Público de Pernambuco lançou luz sobre um caso de possível violação constitucional envolvendo a ex-presidente da Câmara de Vereadores, a Vereadora Célia Galindo. O Inquérito Civil vai investigar a legisladora por suspeita de nepotismo, recebimento indevido de valores, e alegações de cargos fantasmas no Legislativo municipal.

A “Portaria de Instauração”, datada de 28 de agosto de 2023, revela uma série de acusações estarrecedoras contra a Vereadora Célia Galindo. Segundo a denúncia, ela é acusada de empregar familiares em cargos públicos, prática conhecida como nepotismo, além de supostamente ter se beneficiado de valores indevidos. A lista de alegações inclui também a presença de funcionários fantasmas na Câmara, onde pessoas estariam recebendo salários sem efetivamente desempenhar suas funções.

O escândalo não para por aí. A Vereadora Célia Galindo enfrenta acusações ainda mais graves, como o desvio de função de cargos públicos. Um exemplo assombroso é a suposta inserção de sua empregada doméstica no quadro de funcionários da Câmara, com remuneração do órgão público, mas realizando atividades domésticas particulares na residência da vereadora. Além disso, a investigação apura o uso supostamente irregular de um veículo da Câmara em um shopping center, lançando mais sombras sobre a conduta da legisladora.

A prática de nepotismo, caso comprovada, não apenas levanta questões éticas, mas também pode representar uma violação dos princípios da Administração Pública e configura um possível ato de improbidade administrativa. A legislação vigente no Brasil, a Lei Federal nº 8.429/92, traz diretrizes claras sobre tais situações, buscando garantir a integridade e a imparcialidade no serviço público.

O Ministério Público de Pernambuco não poupou esforços para investigar a fundo as alegações feitas contra a Vereadora Célia Galindo. A instauração do Inquérito Civil ocorreu após o esgotamento do prazo de um procedimento preparatório, permitindo a continuidade das investigações. A vereadora foi notificada a prestar informações sobre as alegações, incluindo detalhes sobre a empregada doméstica envolvida nas acusações de desvio de função. O Jaula Cursos se coloca a disposição da legisladora que deseje prestar esclarecimento para população sobre o ocorrido. Assim como se coloca a disposição das autoridades para publicar o desfecho das investigações, que ainda são preliminares.

O drama se desenrola em meio à luta pela transparência no serviço público. O futuro político de Célia Galindo fica em suspenso, enquanto as investigações prosseguem. Os olhos da população de Arcoverde e de todo o estado de Pernambuco permanecem atentos a cada reviravolta desse intrigante enredo político, aguardando por respostas e justiça.

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