O número de municípios brasileiros com Guardas Civis Municipais (GCMs) tem crescido nos últimos anos, passando de 1.188 para 1.256 cidades, segundo dados da Federação Nacional de Sindicatos de Guardas Municipais (Fenaguardas), com base em informações do IBGE. No Nordeste, são 643 municípios com esse tipo de estrutura de segurança — o que representa mais da metade do total nacional.
Apesar desse avanço, o estado de Pernambuco ainda apresenta uma cobertura limitada. Apenas 87 dos seus 185 municípios, além do Distrito Estadual de Fernando de Noronha, contam com Guarda Municipal ativa. Isso significa que menos de 46% das cidades pernambucanas possuem alguma estrutura voltada à segurança municipal.
O dado chama ainda mais atenção quando comparado a outros estados da região. A Bahia, por exemplo, lidera com 213 municípios com GCMs, enquanto o Ceará, mesmo com um número menor de municípios, já alcança 89 cidades atendidas por esse serviço.
As Guardas Civis Municipais desempenham papel fundamental na proteção de bens, serviços e instalações públicas, além de atuarem no apoio às forças de segurança estaduais, especialmente em contextos de vulnerabilidade social e alta criminalidade. Em Pernambuco, a ausência dessa força em mais da metade dos municípios evidencia uma lacuna significativa na política pública de segurança.
Embora muitas gestões municipais justifiquem a falta de efetivo com limitações orçamentárias, essa carência compromete diretamente a capacidade de prevenção e resposta local diante de situações que exigem presença institucional. A realização de concursos públicos e a destinação de recursos federais específicos para a área surgem como caminhos viáveis para reverter esse cenário, promovendo uma cobertura mais justa e eficiente da segurança municipal em todo o território pernambucano.