contratações ilegais

Operações da PF revelam que terceirização de mão de obra fracassou em PE

Recife – 17/06/2025 – Duas operações recentes da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelaram o colapso do modelo de terceirização de mão de obra em Pernambuco. As investigações apontam para esquemas bilionários de fraudes em licitações, subcontratações irregulares e lavagem de dinheiro envolvendo prefeituras e organizações privadas.

A mais recente, Operação Velatus, apura desvios em termos de colaboração firmados entre prefeituras e uma Organização da Sociedade Civil (OSC), especialmente nas áreas de saúde e educação. Entre 2019 e 2024, a entidade investigada recebeu mais de R$ 662 milhões, sendo R$ 431 milhões de recursos federais. As ações ocorreram nas cidades de Bom Conselho, Caruaru, Garanhuns e Terezinha, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

Dias antes, a Operação Firenze revelou um esquema de fraudes licitatórias e contratos de terceirização de mão de obra, com ganhos de R$ 800 milhões entre 2021 e 2024 para os envolvidos. A investigação apontou manipulação de certames para favorecer empresas específicas. As diligências foram realizadas em Jaboatão dos Guararapes, Timbaúba e São Paulo.

Os dois casos evidenciam os riscos do uso indiscriminado de modelos paralelos de contratação, que favorecem a corrupção, dificultam a fiscalização e comprometem áreas essenciais do serviço público. A terceirização, nesses moldes, tem se mostrado vulnerável à formação de esquemas organizados com recursos que deveriam garantir saúde, educação e dignidade à população.

Diante disso, o concurso público reafirma-se como o meio mais transparente, impessoal e controlável de ingresso no funcionalismo. Com regras claras e ampla concorrência, ele garante maior segurança jurídica e eficiência na gestão pública, ao contrário dos contratos opacos e frágeis da terceirização.

Com mais de R$ 1,4 bilhão em contratos sob suspeita, as operações demonstram que o fortalecimento da administração direta, com servidores concursados, é urgente para preservar o interesse público e a integridade dos recursos públicos.

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