A cidade de Ingazeira, no interior de Pernambuco, enfrenta um problema sério após a convocação de candidatos de fora para o cargo de Agente Comunitário de Saúde (ACS) em seu concurso realizado em 2023. De acordo com o edital, uma das exigências para ocupar a função é que o candidato resida no município, conforme a Lei nº 11.350/2006, que regulamenta a atuação do ACS. Porém, vários relatos indicam que pessoas de cidades vizinhas, como Tuparetama, estão assumindo as vagas destinadas aos moradores de Ingazeira.
Candidatos locais que aguardam a convocação estão indignados com a situação, especialmente após a divulgação de que o primeiro colocado, que reside em Tuparetama, foi chamado, enquanto o segundo colocado, natural de Ingazeira, não foi contemplado. Além disso, muitos alegam que a análise dos documentos não foi feita de forma imparcial, o que levanta suspeitas sobre a transparência do processo.
Uma das situações mais controversas, segundo os relatos, envolve a filha do prefeito, que, além de estar cuidando da comunicação do concurso, também passou em primeiro lugar para o cargo de ACS. Isso tem gerado ainda mais desconfiança entre os moradores e candidatos que se sentem prejudicados pela falta de respeito ao critério de residência no município. “O ideal é que uma pessoa isenta, que não tenha interesse pessoal no Concurso fizesse a Comunicação” – disse Eraldo Belarmino, sócio do Jaula Cursos.
Em resposta à situação, vários candidatos estão se mobilizando para acionar o Ministério Público, a fim de garantir que a lei seja cumprida e que os direitos dos moradores de Ingazeira sejam respeitados. As mensagens que chegam à equipe de notícias do Jaula Cursos revelam um crescente descontentamento com o que é visto como uma violação da legislação e uma falta de imparcialidade no processo seletivo.
O concurso ofereceu 33 vagas. A irregularidade na convocação dos aprovados pode prejudicar a qualidade do serviço prestado à população local e comprometer a confiança no sistema público de saúde de Ingazeira.